7 de dezembro de 2010

Paranaguá: um ano de reconhecimento nacional

No dia 3 de dezembro, Paranaguá comemora um ano de tombamento pelos seus patrimônios históricos



Faz exatamente um ano desde que Paranaguá foi tombada como patrimônio histórico nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O reconhecimento nacional incentivou o turismo à cidade. Atualmente, milhares de visitantes vêm todos os anos conferir as belezas do lugar, como a sua arquitetura histórica e bem-preservada.

Tombamento vem da palavra ‘tombo’ que significa ‘preservar’. A cidade foi escolhida para o tombamento por ter uma história rica e diversos pontos arquitetônicos que remontam ao passado.

"O governo libera verba para a restauração dos casarios antigos de Paranaguá através da Caixa Econômica Federal", diz o prefeito da cidade, José Baka Filho. Ele pede para que a preservação seja feita não somente pelos órgãos competentes, mas sim por toda a população. “Todos devemos cuidar do que é nosso”.

Florindo Wistuba, historiador e professor da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (FAFIPAR), destaca: "Temos muitas construções importantes para a história do Paraná e do Brasil. Por exemplo, há o porto da cidade e os casarios antigos na rua da praia, muitos deles construídos em um estilo neoclássico. Além deles, o Instituto de Educação, a ferroviária e o mercado municipal também são referências arquitetônicas".

 Entrevista com o prefeito

Falta de interesse

No entanto, um dos moradores da cidade, o comerciante Jandir Rabaeli, acredita que falta interesse por parte da prefeitura em ajudar a cuidar do patrimônio histórico. "A prefeitura não dá importância e apoio necessário a essas construções, deixa a desejar, e isso se reflete diretamente no turismo”, acredita.

Dona da casa mais antiga próxima a Igreja da Catedral, a moradora Yara desabafa: "Somos donos de um patrimônio histórico e a prefeitura pouco se importa conosco. Precisávamos iniciar uma reforma às pressas, pois a casa estava caindo. A prefeitura embargou a obra, nós lutamos na justiça, ganhamos e depois de um mês voltamos a construir. O problema é que se não respeitarmos a decisão dela acabamos levando multa", relata.

A professora Janete lodi acredita que uma solução seria a conscientização dos jovens. "Falta interesse dos jovens em conhecer a história da nossa cidade. Isso é muito triste, porque eles são o nosso futuro. Eles tem que se interessar pela cidade em que vivem e cuidar dela", afirma.

Por Camila França e Guilherme Danelhuck

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