7 de dezembro de 2010

Em busca de um futuro melhor

Jovens deixam tudo pra trás em busca de melhores oportunidades de estudo

No final do ano, época de vestibular, muitos alunos sonham em entrar em uma boa faculdade. Normalmente, os vestibulandos de Paranaguá preferem fazer o exame em cidades grandes, como Curitiba, porque elas oferecem mais oportunidades de estágios e cursos, fatores essenciais para uma melhor qualificação no mercado de trabalho.

É o caso de Letice de Freitas Pereira, estudante de enfermagem na Universidade Federal do Paraná (UFPR): “Vim para a capital para estudar e ter um futuro melhor. Infelizmente na minha cidade de origem não têm muitas oportunidades, como faculdade de qualidade e empregos” acredita.

A estudante de enfermagem não é a única a passar por essa situação. “Morar sozinho está sendo a melhor experiência que já passei, não me arrependo nem um pouco”, diz Vitor José Cecy estudante de Publicidade e Propaganda na Faculdade Internacional de Curitiba (Facinter).

Ao se verem longe de suas casas e família, os estudantes acabam percebendo que muita coisa muda. Agora, eles precisam se acostumar a viver sozinhos e se preocupar com coisas que nunca haviam pensado antes, como a questão da alimentação. “Como todos os dias no restaurante universitário, pois não sei cozinhar muito bem. Porém, quando estou com preguiça, acabo sempre comendo besteiras”, relata Letice.

As famílias com filhos que vão estudar fora também passam por momentos de angústia. Vários pais ficam muito apreensivos ao deixarem seus filhos saírem de casa. “No começo foi difícil, ela nunca tinha passado tanto tempo fora de casa, mas eu vi que era o melhor pra ela”, afirma Mariuza de Freitas, mãe de Letice.

Para alguns estudantes, a experiência de ficar longe de casa nem sempre é o pior. “Para mim, não foi muito difícil, meus pais são separados desde quando eu era criança, então já aprendi a lidar um pouco com a distância. Mesmo assim, volto para casa quase todo fim de semana”, comenta Cecy. Já Karin Mary Siqueira, estudante de Química na UFPR, tem uma opinião diferente: “A experiência está sendo ótima. A distância me fez amadurecer”.

Uma coisa em comum entre os entrevistados é que todos afirmam que o que sentem mais falta é do conforto e da tranqüilidade da vida que levavam. “Sinto falta da minha mãe lavando, cozinhando e passando pra mim, da minha casa espaçosa e dos meus amigos. Sinto falta também da minha cidade, o povo de lá não existe em lugar nenhum”, acredita Cecy.

Cecy deixa também seu incentivo aos estudantes: “No começo nada é fácil, mas com o tempo você vai se acostumando. Se você sabe o que quer da vida, não tem porquê voltar atrás”, finaliza.

Por Flávia Maia e Karol

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